É de Caxias do Sul, na serra gaúcha, a empresa que está revolucionando a logística no País. A Arrow, que em inglês significa flecha, está lançando as suas “flechas” para facilitar a entrega de mercadorias nas áreas urbanas. Isso porque a startup gaúcha apresentou ao mercado, na última edição da Fenatran, o seu Arrow One — um furgão elétrico pensado, desenhado e produzido para melhorar a eficiência da logística dentro das cidades.
Fundada por ex-executivos da Marcopolo, também de Caxias do Sul, a Arrow já está com a fábrica cheia de pedidos até maio de 2024. Isso porque a startup fechou um contrato de fornecer 100 furgões elétricos para a Unidas, uma das maiores locadoras de veículos do País. Contrato, esse, que foi firmado antes mesmo da empresa apresentar o protótipo físico do produto. “Do lançamento do projeto até a execução foram 12 meses. Um tempo recorde”, conta o Head de Estratégia e Marketing, Julio Balbinot, em live realizada pelo diretor de Novo Negócios da Divelog, Junior Cavalca, no mês de novembro.
O executivo destaca que os primeiros Arrow One já estão circulando pelas ruas de São Paulo. “E muita gente está nos procurando interessados em saber se estamos produzindo ou trazendo de fora. E temos orgulho em dizer que é um produto nacional, engenharia nacional e investimento nacional”, celebra.
Ao lado dos sócios Jocelei Salvador (Head de Engenharia) e Marcelo Simon (Head de Desenvolvimento de Negócios), Balbinot salienta o boom do e-commerce durante a pandemia, que triplicou o faturamento em dois anos. “Estávamos vendo os entregadores virem de carro de passeio entregar as mercadorias. Mas tem algo melhor e mais eficiente do que isso para as entregas dentro das cidades”, observa. E foi assim que nasceu o projeto da Arrow: entregar ao mercado um utilitário elétrico que permita segurança, sustentabilidade, agilidade e performance.
O Arrow One conta com um conceito inovador de carga, chamado One Shot Loader, que permite a carga total de mercadorias em um único movimento. Além disso, há o "Walk-in-Van", inédito no Brasil, que permite acesso direto do motorista à carga, reduzindo o tempo de entrega das mercadorias. Por fim, a capacidade de transporte é de 17 metros cúbicos, valor que está 60% acima de vans tradicionais. “E o motorista usa uma pulseira que abre e fecha a porta, garantindo segurança e praticidade”, detalha.
Cada van tem uma autonomia de 250 quilômetros e conta, ainda, com frenagem regenerativa e tempo de recarga total de menos de três horas. Para garantir essa autonomia, os veículos são fabricados com materiais como o grafeno, que reduzem significativamente o peso do veículo. “Sabemos que o investimento em um veículo elétrico é mais alto, por isso nosso foco principal é na eficiência, na produtividade, no resultado”, salienta o Balbinot.
